O 1º ministro polaco, disse, explicou-lhe como mudar a segurança social portuguesa para os moldes que ele, HR, deseja para Portugal. Mas HR esqueceu-se de dizer em que consiste essa mirífica "reforma": transferir os fundos de pensões privados para dentro do Estado polaco e com eles compensar um défice das contas públicas, reduzindo nomeadamente em 1/5 a enorme dívida pública polaca. A mesma receita que Passos Coelho, Vítor Gaspar e Paulo Portas aplicaram em Portugal aos fundos de pensões privados dos empregados bancários! (para mais pormenores sobre o desastre financeiro que se anuncia decorrente desta aventura polaca, ver o artigo de Sujata Rao da Reuters, "With pension reform, Poland joins the sell-off", 6 de Setembro de 2013, e o artigo de Monika Scislowska da Associated Press, "Poland debates controversial pension reform", 11 de Outubro de 2013, ). HR desconhece o que aconteceu às falências dos sistemas de capitalização individual em países como, por exemplo, o Reino Unido. HR desconhece também as perdas de 10, 20, 30, 40 por cento, e até superiores, que os aforradores americanos tiveram com os fundos privados que geriam as suas pensões, decorrentes da derrocada do banco de investimento Lehman Brothers e da crise financeira subsequente — como relembrou, num livro recente, um jornalista insuspeito de qualquer simpatia pelos aposentados e reformados.
Acreditar Nunca a conjugação deste verbo fez tanto sentido. Há uma dimensão espiritual quando dizemos, sentimos ou pensamos acreditar. É como se, por um lado, uma parte do que desejamos estivesse fora do nosso controlo e estivesse dependente de algo ou de alguém. Nesta situação penosa para todos em que nos encontramos, quando dizemos temos que acreditar ou vamos acreditar, há uma fé e uma esperança que estão associadas ao acreditar. Quando se trata de uma incógnita, mais difícil é o ensaio de darmos conteúdo ao verbo. A pergunta que fazemos é: vamos acreditar em quê? E é neste ponto que entra a tal dimensão que está para além do conhecimento, do nosso conhecimento das coisas terrestres. É neste ponto em que nos encontramos: num limbo entre a realidade e a fé já que a ciência não nos dá respostas a uma evidência que lhes é desconhecida é estranha. Vamos, portanto, acreditar. Nada mais está ao nosso alcance. Judite Sousa 2020 já passou Sejamos francos. Seria importante que as autoridades sanitárias nos informassem sobre o modelo matemático que está na base das previsões.